quarta-feira, janeiro 31, 2007

Sem ti...

Sinto-me a sufocar. Olho-te, sem aqui estares. As tuas mãos, tão àsperas, tão frias, à volta do meu pescoço. Sinto a minha pulsação. A adrenalina corre-me nas veias. E as tuas mãos a apertarem, a estrangularem-me. Tento olhar para ti, tento falar. Não luto, não reajo. Estou sem ar, estou sem vida. Estou sem ti. As tuas mãos soltam-se, o meu coração pára. Vejo-nos a rir, vejo-nos felizes, juntos, sem nada que nos pudesse afastar. O meu último suspiro ainda a procurar-te. E eu sem ti. E a perguntar-te porque é que não me olhas nos olhos quando me matas. E afinal vivo. Afinal respiro. Afinal choro. Sem ti, sempre sem ti. E suplico pelas tuas mãos no meu pescoço, suplico que me mates sem aqui estares, suplico para que apenas viva ao teu lado. O que me sufoca é este amor, és tu, é a saudade, é a espera. É eu amar-te tanto e morrer todos os dias sem ti.

sábado, janeiro 20, 2007

Só mais uma vez...

O silêncio invade este espaço. Oiço uma voz. Deixo-me desistir, só mais uma vez. Baixo os braços, só mais uma vez. Para a próxima luto. Engano-me a mim pópria com promessas vazias. Sinto-me longe. Vejo quem amo, vejo quem já não me pode salvar. E vejo-me, finalmente, a cair. Sinto o ar que já não consigo respirar, vejo a noite sem estrelas. E oiço-me cair. Já não te tenho, já não me tenho, já nao tenho nada. E não me importo, escondo-me num labirinto escuro, e rezo baixinho para que ninguém me encontre. Só tu, meu amor. Só tu.

domingo, janeiro 07, 2007

Escolha...

Oiço-te sem alento. Oiço-te dizer coisas que nunca antes tinha ouvido de ninguém. Não sei como é ter de decidir entre matar ou morrer, e não sei como te posso ajudar. Nada disto depende de mim nem de ti. Não depende de ninguém. Ou talvez dependa de uma entidade superior que te fez pensar numa escolha que nunca antes tinhas imaginado. E tu sabes meu amor, que se eu pudesse estava aí. Se eu pudesse ajudava-te, se eu pudesse meu amor, se eu pudesse nunca te teria deixado ir, se pudesse fechava os teus olhos para não veres a crueldade e o horror que vês todos os dias, que te vão mudar, que te vão tornar frio sem reparares. E fico tão orgulhosa quando dizes que isso não te torna nem frio nem cruel, mas mais solidário, e mais saudoso desta família que te ama tanto, e cada vez mais. Sim meu amor, sabes que esta distância não nos separa mais, mas aproxima-nos, e faz-me perceber que ter-te ao meu lado é mais que sorte, é uma benção que devo agradecer todos os dias.

terça-feira, janeiro 02, 2007

Ano Novo

Escondo a tristeza num canto escuro de mim. Seco as lágrimas frias, e sorrio para mim mesma. Abraço-te na minha mente, e digo-te que te amo. Fico feliz, fico feliz para ti, porque te amo e porque te quero ver feliz como eu. Acredito que este ano vai ser bom para nós, acredito que tudo vai correr bem, e que não falta muito para voltarmos a estar juntos, como deviamos estar sempre. Feliz Ano Novo meu amor.