terça-feira, junho 26, 2007

Perdão

Conto-te o meu passado. O que me aconteceu e não consigo esquecer, o que gostava de poder apagar, o que me dói sempre e não me deixa descansar. E é quando a voz me pesa, os olhos se enchem de lágrimas com recordações, que tu me fazes rir. Rir como se o mundo fosse meu, e nada me pudesse entristecer. E todas as lágrimas que me lembro de ter chorado me fizeram mais forte, todos os problemas me ensinaram a resolvê-los, e todas as cicatrizes são bonitas e contam uma história de embalar. E é por ti, amor, que faço as pazes comigo. Que consigo perdoar o meu deus pelos erros que não pode ter cometido, e aos meus demónios por tormentas que não recordo mais. E ao adormecer, ainda consigo pedir perdão pelos meus pecados, deixar os olhos pesados fecharem-se, e descansar. Finalmente descansar.

quarta-feira, junho 06, 2007

Diferente

O que tenho para dizer agora é diferente do que tenho escrito ao longo de todo este tempo. Despedi-me há pouco de uma amiga com quem só voltarei a estar daqui a muito tempo. Adoro-a como se fosse minha irmã. E sei que apesar da distância e da saudade, estamos sempre muito próximas. Tenho a irritante tendência de me esquecer de dizer o que sinto aos meus amigos. Sim, eles sabem que os amo profundamente. Mas ainda assim eu quero dizer aqui que eles são uma força enorme que me faz evoluir. Que eu sofro e aprendo quando eles sofrem, que eu fico feliz quando eles estão felizes. Que são eles que me fazem rir até chorar, e chorar até me sentir aliviada. E que tenho partilhado com eles alguns dos melhores momentos da minha vida. Obrigada por isso. E para a Carina, amiga que tanto adoro, tinha de te deixar aqui um espaço especial: não há muitas pessoas como tu. És uma das melhores pessoas que conheço, e que nunca perde a capacidade de me surpreender. Vais ser feliz. Eu sei que não posso prever o futuro, mas se vivo num mundo em que alguém como tu não é feliz, então talvez não haja mesmo salvação para este planeta.
Sofia e Carina, amo-vos tanto Amigas.

Procuro-te

Procuro-te em cada momento que não estás. Procuro-te na escuridão da noite, na solidão do dia. Procuro-te nas estrelas, na lua que é nossa. Procuro-te em cada rua, em cada avenida que vejo. Procuro-te no silêncio que se faz sentir. Procuro-te no vento, nas ondas, no céu. Procuro-te nas memórias, no pensamento, na alma. Procuro-te onde sei que podes nem estar. Procuro-te todos os segundos, todos os dias. Procuro-te em mim, no meu coração. Procuro-te incessantemente, sem me cansar. Procuro-te onde me perco, onde me encontro, onde desapareço. Procuro-te, e encontro-te em cada um destes sítios. Porque tu estás onde eu estou. Porque és a parte de mim que mais amo. Porque és o que me faz ter força e vida. Porque tu tens de saber (e sabes) que és tu o meu sorriso, és tu o brilho no meu olhar. És tu que fazes este mundo tão perfeito, e tudo vale a pena.

terça-feira, junho 05, 2007

Em ti...

O tempo passou. Voltaste. Afastei-me da realidade, afastei-me do mundo.
(Fechei-me em ti, num abraço só nosso.)
Não choro mais. Não tenho mais pesadelos. Não desespero mais.
(Descanso em ti.)
Ouço-te como se a tua voz me salvasse, olho-te como se pudesses partir a qualquer momento.
(Prendo-me em ti.)
Rio, rio alto como se não houvesse mal em ninguém, como se o riso trouxesse paz.
(Respiro em ti.)
Grito até ficar sem voz, grito que te tenho e que te amo. Grito que me fazes renascer todos os dias.
(Morro em ti.)
Parou o tempo. Parou o mundo inteiro. E um beijo cura as feridas, e um abraço a saudade.
(Vivo em ti.)
Já sei quem sou, pelo que quero lutar. És tu quem me fortalece. És tu quem me salva.
(Amo-te. Amo-nos.)

quarta-feira, janeiro 31, 2007

Sem ti...

Sinto-me a sufocar. Olho-te, sem aqui estares. As tuas mãos, tão àsperas, tão frias, à volta do meu pescoço. Sinto a minha pulsação. A adrenalina corre-me nas veias. E as tuas mãos a apertarem, a estrangularem-me. Tento olhar para ti, tento falar. Não luto, não reajo. Estou sem ar, estou sem vida. Estou sem ti. As tuas mãos soltam-se, o meu coração pára. Vejo-nos a rir, vejo-nos felizes, juntos, sem nada que nos pudesse afastar. O meu último suspiro ainda a procurar-te. E eu sem ti. E a perguntar-te porque é que não me olhas nos olhos quando me matas. E afinal vivo. Afinal respiro. Afinal choro. Sem ti, sempre sem ti. E suplico pelas tuas mãos no meu pescoço, suplico que me mates sem aqui estares, suplico para que apenas viva ao teu lado. O que me sufoca é este amor, és tu, é a saudade, é a espera. É eu amar-te tanto e morrer todos os dias sem ti.

sábado, janeiro 20, 2007

Só mais uma vez...

O silêncio invade este espaço. Oiço uma voz. Deixo-me desistir, só mais uma vez. Baixo os braços, só mais uma vez. Para a próxima luto. Engano-me a mim pópria com promessas vazias. Sinto-me longe. Vejo quem amo, vejo quem já não me pode salvar. E vejo-me, finalmente, a cair. Sinto o ar que já não consigo respirar, vejo a noite sem estrelas. E oiço-me cair. Já não te tenho, já não me tenho, já nao tenho nada. E não me importo, escondo-me num labirinto escuro, e rezo baixinho para que ninguém me encontre. Só tu, meu amor. Só tu.

domingo, janeiro 07, 2007

Escolha...

Oiço-te sem alento. Oiço-te dizer coisas que nunca antes tinha ouvido de ninguém. Não sei como é ter de decidir entre matar ou morrer, e não sei como te posso ajudar. Nada disto depende de mim nem de ti. Não depende de ninguém. Ou talvez dependa de uma entidade superior que te fez pensar numa escolha que nunca antes tinhas imaginado. E tu sabes meu amor, que se eu pudesse estava aí. Se eu pudesse ajudava-te, se eu pudesse meu amor, se eu pudesse nunca te teria deixado ir, se pudesse fechava os teus olhos para não veres a crueldade e o horror que vês todos os dias, que te vão mudar, que te vão tornar frio sem reparares. E fico tão orgulhosa quando dizes que isso não te torna nem frio nem cruel, mas mais solidário, e mais saudoso desta família que te ama tanto, e cada vez mais. Sim meu amor, sabes que esta distância não nos separa mais, mas aproxima-nos, e faz-me perceber que ter-te ao meu lado é mais que sorte, é uma benção que devo agradecer todos os dias.

terça-feira, janeiro 02, 2007

Ano Novo

Escondo a tristeza num canto escuro de mim. Seco as lágrimas frias, e sorrio para mim mesma. Abraço-te na minha mente, e digo-te que te amo. Fico feliz, fico feliz para ti, porque te amo e porque te quero ver feliz como eu. Acredito que este ano vai ser bom para nós, acredito que tudo vai correr bem, e que não falta muito para voltarmos a estar juntos, como deviamos estar sempre. Feliz Ano Novo meu amor.